sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

LEIA NA ÍNTEGRA A MATÉRIA QUE ABRE O CADERNO DE LASER DO JORNAL DE SANTA CATARINA


17/02/2011 | N° 12179
ARTES PLÁSTICAS
A arte da cerâmica - Artista plástico Silvestre João de Souza Júnior participa de exposição coletiva em Itajaí

Tudo começou na doutrina católica. As freiras contavam que Jesus fazia bichinhos de barro e, ao assoprar, dava vida às esculturas. Com seis anos, o artista plástico Silvestre João de Souza Júnior usava o barro para também fazer bichinhos.

(...)

Hoje, com 60 anos, Silvestre divide sua arte com a companheira, Cláudia Regina Telles. Ele atribui à ela o impulso para a criação, dizendo que hoje ela é praticamente sua alma.

RUCA SOUZA
fotos Cláudia Regina Telles

Serviço
Viver e Morrer em Itajaí - Galeria Municipal de Artes, Rua Lauro Müller, 53, Centro, Itajaí. Obras de Silvestre João de Souza Júnior, Cláudia Regina Telles, Coletivo Terceira Margem, Lilian Martins, Roberto Bocchino, Rudi Scaranto Dazzi, e Sociedade dos Pintores do Ângulo Insólito da Foz do Rio Itajaí-Açu. Visitação: hoje e amanhã, 7h30 às 13h30. A partir do dia 21, seg a sex, 8h às 12h e 14h às 20h, até dia 31 de março. Abertura hoje, 20h.

FONTE - http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1124,3210994,16518

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Silvestre participa da EXPOSIÇÃO VIVER e MORRER em ITAJAÍ



VIVER e MORRER em ITAJAÍ

Uma cidade com porto é sempre instigante. Isso porque o mar, talvez o elemento que tenha gerado mais metáforas na história da linguagem, torna-se o espaço para a chegada e a partida do Outro. É como se a cada dia um pedaço da cidade pudesse nascer e se desfazer feito brumas. “Viver e Morrer” é o título desta exposição. Pois aqui, em Itajaí, a experiência da vida e da morte é contígua, sendo que o histórico da zona portuária e das enchentes são apenas alguns exemplos.
De uma parte, surge o Coletivo Terceira Margem a encenar este limiar em “Rounin”. Projeções audiovisuais realizadas no dia da abertura desta exposição tematizaram o samurai (personagem simbólico que encarna a narrativa sobre a morte e o suicídio no Japão).
Cláudia Telles, por sua vez, apropria-se do batimento cardíaco para produzir desenhos em que a presença da linha não é apenas um grafismo, mas também o sinal de que ali a vida pulsa.
Silvestre João de Souza Júnior tem uma vida inteira dedicada às artes na cidade, seu trabalho é infindável. Nesta exposição, comparece com uma obra apresentada na exposição “A Poética da Morte na Cultura Brasileira” realizada no Museu de Arte de Santa Catarina no ano de 2001.
Beto Bocchino fotografa inúmeras fechaduras e pelo procedimento da série constitui sua poética.
De outra parte, encontram-se trabalhos cuja leveza torna-se estandarte àquilo que é vivo: Lilian Martins dedica traços à sua cadela chamada “Violeta”. A relação entre a artista e o animal faz surgir desenhos com extrema delicadeza.
Rudi Scaranto Dazzi é aquele que domina o espaço e o torna outro por meio da intervenção no vazio. Arquiteto de formação, Rudi constrói um projeto improvável no espaço de exposição, utilizando-se de materiais reutilizados.
Por fim, destaca-se o sentido de vida presente nos trabalhos da Sociedade dos Pintores do Ângulo Insólito do Rio Itajaí-Açu: o humor quase insano travestido de pintura, um coletivo tresloucado que vê tudo das alturas, como se estivessem nas asas de um aeroplano (afinal, como dizia o poeta Paulo Leminski: “Essa vida é uma viagem pena eu estar só de passagem”).

Fernando Boppré
Fevereiro de 2011